ATO 2 - A MORTE

Entrou, já sem ar,
o quarto pequeno.
Fechou a janela,
um estouro seco.
Apagou a luz,
deitou encolhido na cama.

Não queria respirar.

Que o ar se fosse mesmo, era o melhor.
Encolheria mais.
Queria ser menor para caber dentro de si.

Pensou em tirar o sangue.
Por que não as tripas?
Os órgãos todos!


Respirou


Ar e poeira.


Tosses.


Só o ar.
Precisava tirar só o ar.
Só o que era impalpável lhe fazia mal.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ATO 1 – A Louca