Tua vibração pulsa, percorre o chão é absorvida pelas papilas das plantas dos pés. Os tambores temperam a carne, amaciam no balanço. Não é perfume de butique é nosso cheiro de suor movimento. Desfila. Desfila sim. Olha nos olhos estranhos que te encontram. Canta com a boca dos outros, a saliva coletiva derrete os pudores. No balance dos jogos de ritmo improvisado, é calor, meu corpo derretendo em gostos, tua língua refrescando os desejos. Nas voltas das bundas, dos nossos braços, no meio da multidão de olhos sorrisos, a gente. Ao som do surdo, do toque crescendo embalando corações, teu compasso firmando minha composição. Não é procura é encontro, boca sem dizeres. Achamo-nos.
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